segunda-feira, 2 de março de 2015

2° Aprofundamento In Carne Una: "Castidade, um desafio de amor"


Olá!
Neste domingo, 1° de março, tivemos a alegria de realizar mais um aprofundamento. Desta vez, com o tema: “Castidade, um desafio de amor”. O encontro aconteceu na Comunidade Bom Jesus, no bairro Retiro, e contou com a participação de cerca de 30 pessoas.
No encontro abordamos temas como: dom de si, pornografia, masturbação, modéstia, namoro, castidade conjugal, entre outros.

Mais aprofundamentos estão por vir! Fique ligado aqui no blog e acompanhe as novidades!

domingo, 23 de novembro de 2014

Nosso Encontro de Aprofundamento sobre Sexualidade!



       Com a graça de Deus, realizamos no último dia 20 (quinta-feira), nosso Encontro de Aprofundamento, com o tema: “A Sexualidade Humana no Projeto de Deus”. O encontro foi realizado na Comunidade Bom Jesus – Retiro, em Volta Redonda, e contou com a participação de cerca de 30 pessoas.


    Nos ensinamentos foram trabalhados os temas: Teologia do Corpo, o dom de si, liturgia dos corpos e paternidade responsável.

        Gostaríamos de agradecer ao Pe. Ronaldo Costa e à Comunidade Bom Jesus, que nos acolheram neste trabalho. Agradecemos também a todos os amigos que nos ajudaram a divulgar e realizar esse encontro.

Em breve, divulgaremos a agenda dos encontros de aprofundamento em 2015.


Um grande abraço a todos!


André Krupp e Tássila Maia



sábado, 25 de outubro de 2014

Não tenham medo!

Por André Krupp e Tássila Maia

Afirmava Chesterton: "O ideal cristão não foi considerado deficiente após testado. Ele foi considerado difícil e deixado de lado”. A abertura à vida, exigência do amor conjugal, parece ser um desses “ideais cristãos” deixados de lado. Quando o Papa Paulo VI, corajosamente, reafirmou na encíclica Humanae Vitae a posição da Igreja contra os anticoncepcionais foi rechaçado por grande número de fiéis e de clérigos, que consideravam tal postura “antiquada” e “retrógrada”. No entanto, a Igreja, sabiamente, nunca voltou atrás e, mesmo não agradando aos homens, não voltará, pois sabe que os contraceptivos ferem gravemente a dignidade do ato conjugal e, logo, prejudicam o matrimônio. A encíclica de Paulo VI, assim, recomendava, nos casos em que haja necessidade por motivos sérios, espaçar os nascimentos utilizando-se dos métodos naturais de controle da procriação.
Nesse contexto, surgiu nas últimas décadas um grande conflito interno na Igreja: enquanto a doutrina aponta para um caminho, a prática dos casais se faz completamente diferente. Arturo e Hermelinda, casal brasileiro com 20 anos de experiência em trabalhos com casais, em seu depoimento aos bispos e ao Papa no recente Sínodo da Família, testemunharam: “[...] temos que admitir sem medo que muitos casais católicos, mesmo os que procuram viver seriamente o seu matrimônio, não se sentem obrigados a usar apenas os métodos naturais. Nas Equipes de Nossa Senhora não é diferente. Devemos acrescentar ainda que geralmente não são questionados pelos confessores. Por um lado, os casais estão abertos à vida e rejeitam o aborto, isto é fato. Por outro, não percebemos nas pregações e atendimentos espirituais a insistência na doutrina da Humanae Vitae.
O mundo moderno rejeitou os ensinamentos da Humanae Vitae não por um fracasso prático ou uma discordância teológica, mas simplesmente porque se encontra imerso numa cultura fraca e egoísta. A revolução sexual, na tentativa frustrante de desvincular o amor da responsabilidade, acabou criando uma caricatura de amor, uma experiência de relação muito mais ligada à sensibilidade que ao compromisso (não só desvinculada do compromisso com o cônjuge, mas com Deus, com a Igreja, com a sociedade e com os filhos).
Influenciadas por esta revolução, observa-se hoje que, de um modo geral, as pessoas querem amar, querem doar-se, mas numa doação “segura”, cheia de reservas, de precauções. Querem ter o controle de todas as situações, se beneficiarem dos direitos do matrimônio sem cumprir os seus deveres, obter o máximo de prazer e o mínimo de sacrifício. As pessoas decidem se querem ou não ter filhos com a arbitrariedade de quem compra um carro. Não é este o desejo de Deus para o santo matrimônio!
O desejo de Deus é que o homem confie na sabedoria da Criação, que confie na sua Providência, que rege e governa o universo. O desejo de Deus é que as famílias tenham menos preocupações e um pouco mais de confiança, abrindo-se ao amor que gera vida. É preciso construir a casa sobre a Rocha e não sobre a areia das “seguranças mundanas”. O desejo de Deus é que os casais deixem de utilizar-se dos métodos anticoncepcionais e se abram a uma nova experiência. A experiência do amor total, livre, fiel e fecundo. Assim, o uso dos métodos naturais, motivado pela fé e obediência às leis divinas, é um grande ato de amor a Deus e um belíssimo testemunho.
A Providência de Deus permitiu ao homem tal sabedoria a ponto de conhecer com precisão os dias férteis da mulher e desenvolver métodos de controle da natalidade que, ao contrário dos contraceptivos, não anulam a fecundidade do ato conjugal. Permitiu que um dos ideais do matrimônio (abertura à vida) não fosse descartado devido a uma necessidade temporal (espaçamento dos nascimentos).
Quem vive a experiência dos métodos naturais na prática, afirma com alegria que eles favorecem o diálogo entre o casal e ajudam-no a educar a vontade, amando-se com amor cada vez mais humano. A misericórdia de Deus Pai não abandona seus filhos em suas necessidades! Abrir mão deste amparo não faz nenhum sentido.
Os cristãos são convidados, hoje, a serem sal da terra e luz do mundo, comportando-se de forma diferente da apregoada por este mundo neopagão, enxergando os filhos como bênção e a lei de Deus como jugo suave.
Eis o convite da Igreja aos casais que hoje ainda se utilizam de contraceptivos: conheçam os métodos naturais, tirem suas dúvidas, abram-se a essa experiência.
“Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada e o que é perfeito.” (Romanos 12, 2)

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

O que é castidade conjugal?

Por André Krupp e Tássila Maia

Diz o Catecismo a Igreja Católica (§2349): “Existem três formas da virtude da castidade: a primeira, dos esposos; a segunda, da viuvez; a terceira, da virgindade. Nós não louvamos uma delas excluindo as outras. Nisso a disciplina da Igreja é rica.” E ainda: “As pessoas casadas são convidadas a viver a castidade conjugal; os outros praticam a castidade na continência”. Mas o que a Igreja quer dizer quando emprega o termo “castidade conjugal”?
A palavra castidade designa uma virtude ou um exercício no qual os desejos são submetidos à vontade. Quando a razão tem, na pessoa, um maior “poder de persuasão” que as paixões. Inclui o conhecimento e o domínio de si próprio.
O termo “castidade conjugal”, então, significa a vivência de uma sexualidade ordenada no casamento segundo a razão e não subjugada aos impulsos da sensualidade. Obviamente, razão esta iluminada pela fé no que diz respeito à moral.
Na prática, a castidade no matrimônio implica, basicamente, três fatores: a fidelidade, a justa moderação e a abertura à vida.

A fidelidade

Um casamento só é vivido castamente quando há fidelidade.
Pela sua própria natureza, o amor conjugal exige dos esposos uma fidelidade inviolável. Esta é uma consequência da doação de si mesmos que os esposos fazem um ao outro. O amor quer ser definitivo. Não pode ser ‘até nova ordem’. Esta união íntima, enquanto doação recíproca de duas pessoas, tal como o bem dos filhos, exigem a inteira fidelidade dos cônjuges e reclamam a sua união indissolúvel.” (Catecismo da Igreja Católica, § 1646)
O sexo é um ato próprio do matrimônio. Sendo o matrimônio uma união indissolúvel, o sexo fora do casamento fere a castidade conjugal, pois fere diretamente a aliança estabelecida entre os esposos, sinal da aliança de Deus com o homem.
A fidelidade nada mais é que uma atribuição do amor. O verdadeiro amor é sempre fiel. Escreve o Pe. Javier Abad Gómez, em seu livro “Fidelidade”: “A ninguém que saiba amar é necessário ensinar fidelidade.”
A exigência da fidelidade por toda a vida – “até que a morte os separe” – conduz os esposos a vivenciarem o mesmo amor com o qual Cristo amou a sua Igreja, um amor que permanece fiel até as últimas consequências. A fidelidade exprime a constância em manter a palavra dada. Deus é fiel. O sacramento do matrimônio introduz o homem e a mulher na fidelidade de Cristo à sua Igreja. Pela castidade conjugal, eles dão testemunho deste mistério perante o mundo.” (Catecismo da Igreja Católica, § 2365)

A justa moderação

O prazer sexual deve ser encarado como uma consequência da doação total de si ao outro, e não como um fim em si mesmo. Sendo assim, para viver a castidade conjugal, faz-se necessário ter em vista uma justa moderação na busca pelo prazer, afim de não tornar-se escravo do mesmo nem fazer do cônjuge um mero objeto.
“Foi o próprio Criador Quem [...] estabeleceu que, nesta função [da geração da prole], os esposos experimentassem prazer e satisfação do corpo e do espírito. Portanto, os esposos não fazem nada de mal ao procurar este prazer e gozar dele. Aceitam o que o Criador lhes destinou. No entanto, devem saber manter-se dentro dos limites duma justa moderação.” (Papa Pio XII, 29 de Outubro de 1951)
Quando se reduz o ato sexual à pura sensibilidade e o prazer torna-se o seu fim, o casal inicia uma verdadeira “odisseia sexual”, uma jornada interminável na busca de estímulos cada vez maiores. Seguindo por este caminho, acabarão por escravizar-se, e o sexo já não será sinal da doação total entre si por amor. Nas Sagradas Escrituras, o Arcanjo Rafael instrui Tobias a esse respeito: “O anjo respondeu-lhe: Ouve-me, e eu te mostrarei sobre quem o demônio tem poder: são os que se casam, banindo Deus de seu coração e de seu pensamento, e se entregam à sua paixão como o cavalo e o burro, que não têm entendimento: sobre estes o demônio tem poder.” (Tobias 6, 16s)
É preciso estar atento quanto às motivações para a relação sexual e não deixar-se levar apenas pelos desejos da carne. Não se pode fechar a vida sexual à graça santificadora do Espírito Santo. A castidade conjugal é “vida no Espírito”. Quando um casal ora por sua vida sexual, não alcança somente graças, mas permite que o próprio Espírito de Deus os conduza um ao outro no amor e para o amor.

A abertura à vida

A contracepção exime o ato sexual de qualquer responsabilidade. É uma doação com reservas, o que acaba por também reduzir o sexo à pura sensibilidade, ferindo gravemente sua dignidade. Não se pode doar-se inteiramente ao usar contraceptivos. Não se pode experimentar profundamente a união das pessoas quando existe na relação tão grande reserva.
“Com efeito, a contracepção não é apenas uma ação sem sentido; é uma ação que contradiz o sentido essencial do verdadeiro relacionamento conjugal, pois este deveria expressar uma autodoação incondicionada e total. Ao invés de se aceitarem mútua e totalmente, os cônjuges que utilizam anticoncepcionais rejeitam uma parte do outro, uma vez que a fecundidade é parte de cada um deles. Rejeitam uma parte do seu amor mútuo: o poder de dar fruto.” (Cormac Burke, Amor e Casamento)
A contracepção é fruto de uma cultura de morte. Os mesmos propagadores da contracepção são os que defendem o aborto e, em alguns casos, o infanticídio. Os católicos, por outro lado, defendem a vida não só com palavras, mas com o seu testemunho, inclusive no que diz respeito à própria fecundidade. Desse modo, caso haja a necessidade de espaçar os nascimentos, pode-se, por amor à vida e respeito ao Criador, lançar mão de métodos naturais, abstendo-se das relações sexuais durante os períodos férteis. Sem a abertura à vida, não se pode falar em castidade no matrimônio.

Viver a castidade conjugal não significa simplesmente seguir um conjunto de normas, mas sim viver a sexualidade segundo o projeto amoroso de Deus: um amor de fidelidade, de entrega total, livre de toda a escravidão. Um amor que dá vida. 

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Santas leituras, socorrei-nos!

Por André Krupp e Tássila Maia

Infelizmente, a maioria dos brasileiros não possui o hábito da leitura. Até mesmo nas universidades, facilmente se percebe que poucos são aqueles que cultivam esta prática. É de se espantar o número de catequistas que não leem (ou que nem conhecem) o Catecismo da Igreja, assim como a quantidade de famílias inseridas em pastorais e na evangelização com escasso conhecimento da doutrina.
É preciso compreender que, num mundo extremamente racionalista como o de hoje, não se pode colocar à parte o conhecimento da fé. Para vencer o desafio de ser sal da terra e luz do mundo não bastam apenas piedade e boa intenção, se faz também necessário, mais do que nunca, “dar razão à nossa esperança” (cf. 1 Pd 3, 15). Segundo afirma Santo Atanásio, não se encontrará um fervoroso servo de Deus que não seja dado à leitura de livros espirituais.
Quando um casal inicia a construção de uma família, promete, diante do altar de Deus, educar os filhos na fé da Igreja. Isso significa transmitir conhecimento e valores a uma criança. Mas como transmitir aquilo que não se tem? Como educar os filhos na fé se não a conhecem, ou a conhecem superficialmente? Acaso um servente de pedreiro poderia dar aula numa universidade de engenharia? Somente a prática, desprovida de formação, não capacita ninguém para a educação. É preciso conhecer e viver os ensinamentos de Deus para, então, ser capaz de transmiti-los com êxito.
Sendo assim, torna-se urgentíssimo aos casais realizarem um rompimento com a cultura brasileira do “não ler”. Obviamente, existem hoje outros meios válidos para adquirir o conhecimento da fé, mas nenhum deles é capaz de substituir a leitura. O papa nunca deixará de escrever documentos para postar vídeos no Youtube (ainda que vídeos do papa no Youtube fossem o máximo!). Os “meios adicionais de ensinamento” como: blogs, vlogs, pequenos cursos, filmes, sites, etc... podem ser úteis para esclarecer dúvidas, introduzir a compreensão de um assunto ou receber informações atualizadas, mas nunca serão capazes de assumir o papel da leitura, lugar primordial da formação.
Para os cristãos leigos de hoje, o conhecimento da doutrina católica (principalmente a respeito do matrimônio, sexualidade, família e filhos) é como o óleo para a lamparina das virgens no Evangelho (cf. Mt 25, 1-13): não tê-lo seria falta de prudência. Ensina Santo Afonso de Ligório: “A leitura de bons livros não foi proveitosa aos santos unicamente em sua conversão, mas em toda a sua vida, para se manterem firmes no caminho da perfeição e fazerem cada vez maiores progressos nele. São Domingos beijava seus livros espirituais e apertava-os amorosamente ao coração, dizendo: 'Estes livros dão-me o leite que me sustenta'.”
Concluindo, há de se ter claro que a leitura é um hábito que requer investimento. Primeiramente, investimento de tempo, reservando alguns minutos ou horas do dia para sua prática e, também, investimento financeiro, com a aquisição gradativa de bons livros. Muitos títulos se encontram disponíveis na internet, e é possível realizar também círculos de leitura e troca de livros entre famílias.

Quer construir sua casa sobre a Rocha? Então, já passou da hora de despedir-se da preguiça intelectual! 
"Seja perseverante nas orações e nas santas leituras." (São Padre Pio)

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Meu filho vai ter nome de santo!

Por André Krupp e Tássila Maia

Já na adolescência, é comum às mulheres gastarem horas pensando em quais nomes darão para seus futuros filhos (afinal, os chamarão por estes nomes pelo resto da vida!). Diversos pontos são ponderados: os nomes que mais gostam, algum familiar ou artista que querem homenagear, os nomes da moda ou que surgem como tendência, etc... É importante dar bastante atenção ao nome que se colocará num filho. Mas, para nós, católicos, a escolha de um nome deve ir além de uma ponderação de gostos, levando-se em conta, principalmente, o significado cristão daquele nome.
Diz o Catecismo da Igreja (§2158): “Deus chama a cada um por seu nome. O nome de todo homem é sagrado. O nome é o ícone da pessoa. Exige respeito, em sinal da dignidade de quem o leva”. Somos batizados em nome de Deus. Em nome de Jesus é que nossos pecados são perdoados e diante de Seu nome todo joelho se dobra nos céus, na terra e nos infernos (cf. Fl 2,10). Vemos, assim, que o nome não é um elemento supérfluo, mas constitutivo da pessoa.
Quando um casal cristão escolhe um nome para seu filho, o dá no Batismo, que o insere no seio da Igreja. “No Batismo, o nome do Senhor santifica o homem, e o cristão recebe o seu próprio nome na Igreja. Este pode ser o de um santo, isto é, de um discípulo que viveu uma vida de fidelidade exemplar a seu Senhor. O ‘nome de Batismo’ pode também exprimir um mistério cristão ou uma virtude cristã. Cuidem os pais, os padrinhos e o pároco para que não se imponham nomes alheios ao senso cristão” (Catecismo da Igreja Católica, §2156).
Uma tradição muito forte que vem perdendo espaço nos últimos tempos é a celebração do onomástico (santo com o mesmo nome da pessoa). Ao escolher um nome de santo para o filho, os pais escolhem também um padroeiro, um intercessor no céu que acompanhará por toda a vida aquela pessoa com amor, suplicando a Deus por ela. Em alguns países, o dia do onomástico é mais comemorado que o dia do próprio aniversário, com direito a festa, presentes e muitos “parabéns”.
Os beatos Zélia Guérin e Luis Martin, pais de Santa Teresinha, por exemplo, inseriram “Maria” no nome de todos os filhos, como sinal de agradecimento à Virgem Santíssima.
Aos futuros pais, fica a preciosa dica: resgatem esta tradição! Deem nomes santos aos vossos filhos e celebrem, junto com eles, seus onomásticos. Isso com certeza os ajudarão na caminhada rumo à pátria celeste.