sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

8 bons livros sobre vocação matrimonial

por André Krupp e Tássila Maia

Muitas pessoas nos pedem indicações de livros sobre namoro, matrimônio, Teologia do Corpo, entre outros temas. Gostaríamos, então, de indicar nesse post oito bons livros que podem ajudar (e muito!) quem deseja se aprofundar nesses assuntos ou está se preparando para o matrimônio.

A primeira indicação é voltada para as mulheres solteiras. Jason e Crystalina Evert partilham um pouco de sua experiência, ajudando, assim, as mulheres a se encontrarem com Deus e consigo mesmas para, então, encontrar sua “alma gêmea” e construir um matrimônio sólido.

Como encontrar sua alma gêmea sem perder sua alma
Jason e Crystalina Evert
Editora Canção Nova



A segunda indicação é uma introdução, em linguagem simples, à Teologia do Corpo de São João Paulo II. O autor faz uma síntese do conteúdo das catequeses do papa, ajudando a compreender o plano original de Deus para o homem e a mulher e como podemos reencontrar o caminho da felicidade almejada pelo Criador.

Teologia do Corpo para principiantes – Uma introdução básica à Revolução Sexual por João Paulo II
Christopher West
Editora Myrian

Adentrando agora no tema do matrimônio, a terceira indicação é um grande resumo da doutrina da Igreja acerca deste sacramento. Pe. Matheus Pigozzo aborda o matrimônio como um chamado, uma autêntica e corajosa missão a ser assumida pelos esposos. Trata de diversos temas, do namoro aos filhos, traçando um panorama completo do matrimônio cristão.

O matrimônio cristão
Pe. Matheus Pigozzo
Editora Ecclesiae


A quarta indicação leva os leitores a uma reflexão sobre o significado do amor e o verdadeiro sentido do matrimônio, na contramão do pensamento moderno que assola a maior parte dos cristãos. Com uma linguagem clara e madura, Cormac Burke expõe com maestria as exigências centrais do matrimônio (indissolubilidade, unidade e fecundidade) e convida a uma vivência integral da vocação matrimonial.

Amor e casamento
Cormac Burke
Editora Quadrante

Ainda no tema matrimônio, a quinta indicação é uma preciosidade publicada recentemente em português. Trazendo uma visão transcendental do matrimônio, Venerável Fulton Sheen aborda o querer e o agir de Deus no matrimônio humano e provoca uma reflexão mais profunda e espiritual acerca do “Grande Mistério”.

Três para casar
Fulton Sheen
Editora Molokai


Com a sexta indicação entramos na temática dos filhos. O fantástico testemunho de Kimberly Hahn, alicerçado à sólida doutrina exposta pela autora, traz ao leitor uma nova e emocionante visão a respeito do dom da fecundidade. Não há como “passar indiferente” por este livro: a sua leitura é, simplesmente, uma experiência transformadora.

O amor que dá vida – O maravilhoso plano de Deus para o matrimônio
Kimberly Hahn
Editora Quadrante

A sétima indicação é um livro surpreendente. Longe de ser uma narrativa fria e distante, “Deus e os filhos” faz com que o leitor tenha a nítida impressão de estar em uma verdadeira direção espiritual. O autor, que consegue em um só capítulo ser enérgico, bem-humorado e terno, impulsiona a um verdadeiro combate ao egoísmo, mostrando toda a beleza de viver a vocação matrimonial com generosidade.

Deus e os filhos
J. Urteaga
Editora Quadrante

Por fim, a última indicação é um pequeno tesouro. Francisco Faus demonstra que, na difícil tarefa da formação dos filhos, os pais necessitam orientar-se pela verdade e pela virtude, educando primeira e principalmente por seu próprio exemplo.

A força do exemplo
Francisco Faus
Editora Quadrante





Boa leitura!
Deus nos abençoe e a Virgem nos proteja!

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Aprofundamento Sede Fecundos

A fecundidade é uma graça, um dom dado aos esposos para cooperarem com Deus em sua obra Criadora. Hoje, porém, esse bem tem sido atacado, banalizado e distorcido nos mais diversos meios da sociedade.
Para compreender e viver bem esse dom é preciso nos apegarmos à doutrina moral da Igreja. Só assim conseguiremos desmascarar as mentiras que tentam a todo custo nos impor. A formação torna-se, assim, imprescindível no momento atual, pois muitas são as dúvidas a respeito deste assunto: Por que a fecundidade é um bem? O que é mentalidade contraceptiva? O que as grandes fundações internacionais têm a ver com tudo isso? Por que é pecado grave usar camisinha, pílula, DIU e outros métodos contraceptivos?  O que são métodos naturais? Como e quando devo usá-los?


Por isso, no dia 19 de março deste ano, abordaremos este tema no Aprofundamento Sede Fecundos. Buscaremos trazer de forma sintética o ensinamento perene da Igreja a respeito da procriação. Você que é casado ou está se preparando para o matrimônio, não deixe de fazer a sua inscrição (AQUI) e divulgar para seus amigos e familiares!

  

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Educando para o Céu

Por André Krupp e Tássila Maia

A mais nobre finalidade da vocação matrimonial é gerar santos para Deus. Para tanto, não basta simplesmente ter filhos, mas é preciso também educá-los. E educá-los segundo a fé, cumprindo de forma integral a promessa feita diante do altar. Eis aí o maior desafio do casal católico!
Gostaríamos de propor aqui não um conjunto de exercícios ou atividades educacionais, mas uma reflexão sobre a própria finalidade da educação, para que, tendo bem clara esta finalidade, o casal possa, alicerçado nela, lançar mão dos mais diversos recursos de formação humana, intelectual, afetiva e espiritual.
O objetivo final de toda a educação cristã é que os filhos vivam a santidade em sua vocação. Que eles tenham clara a realidade da vida eterna, que desejem agradar a Deus todos os dias, que se exercitem nas virtudes, que sejam desapegados do mundo e confiem piamente na providência divina. Enfim, que amem a Deus sobre todas as coisas. 

Que tenham clara a realidade da vida eterna

O céu é uma realidade, é algo concreto - não apenas uma fábula ou figura de linguagem. Teoricamente, sabemos disso. Mas, e na vida prática? Preparamo-nos para uma viagem e ansiamos pelo dia em que ela irá chegar, nos capacitamos para um emprego e ansiamos pelo dia em que o conquistaremos... assim também devemos nos preparar e ansiar pela vida eterna, pois tal como o emprego ou a viagem, a vida eterna é uma realidade. 
Entender o Céu como algo concreto ajuda a superar as dificuldades que a vida terrena nos impõe, faz-nos compreender que a cruz é passageira e que determinados problemas que tiram o sono muitas vezes não passam de futilidade. Ter em mente a verdade do Céu nos possibilita entender que podemos, sim, alcançar "coroas perecíveis" ao longo da vida, mas que a única verdadeiramente importante é aquela imperecível que nos concede a plena comunhão com a Trindade. Nossos filhos precisam aprender desde cedo a ter esse olhar sobrenatural, enxergar esta vida como um caminho, uma peregrinação até a Pátria definitiva.

Que desejem agradar a Deus todos os dias

É necessário que os filhos compreendam que o cristianismo não é uma ideia. "O cristianismo é Cristo! É uma Pessoa, é o que vive!" (João Paulo II). Viver a fé não pode jamais se resumir ao cumprimento de preceitos morais. Deve supor, primeiramente, conhecer e estabelecer uma relação com a pessoa de Jesus Cristo, uma verdadeira amizade. O desejo de agradar a Deus brotará naturalmente dessa relação. 
Cristo não deve ser encarado como alguém distante ou indiferente. É preciso ensinar os filhos a ter intimidade com Ele, partilhar com Ele sua vida, cultivar essa afeição. As crianças devem perceber Jesus como seu verdadeiro amigo, que os acompanha e os auxilia ao longo do dia, e que podem e devem recorrer ao seu auxílio e compartilhar suas angústias e dificuldades, assim como suas alegrias. Eles precisam ter a consciência de que Cristo se ofereceu em sacrifício porque nos ama a cada um de maneira pessoal e, por isso, devemos corresponder a esse amor. Essa proximidade também deve ser estimulada em relação ao Anjo da Guarda, à Virgem Maria e aos Santos. Tal amizade faz com que a busca pela santidade não se torne um pesado fardo de regras e restrições, mas sim um caminho suave, de quem deseja agradar aquele a quem ama.

Que se exercitem nas virtudes

A santidade pressupõe as virtudes e, de certa forma, também as tem como consequência. Crescemos em santidade conforme crescemos em virtude. Só é possivel amar a Deus e ao próximo sendo virtuosos, pois o amor é paciente, é prestativo, não se enche de orgulho, se alegra com a verdade...
Com as consequências do pecado original, o homem tende ao erro, à fraqueza, ao vício. O pecado induz o homem a viver segundo seus desejos e o torna egoísta. Para se tornar virtuoso, o homem tem de fortalecer a sua vontade, submetendo os desejos à razão, a carne ao espírito. Para tanto, são necessários o esforço humano e o auxílio da graça. Desse modo, quanto mais cedo se conquista as virtudes, menos árdua se torna essa batalha e os bons hábitos serão adquiridos muito mais facilmente. Os pais precisam conduzir os filhos no caminho das virtudes, praticando e estimulando as obras de misericórdia e dando eles mesmos o exemplo por uma conduta verdadeiramente cristã.

Que sejam desapegados do mundo e confiem piamente na providência divina

O apego ao mundo e, consequentemente, ao dinheiro, é hoje uma realidade tão enraizada no seio das famílias que gera, de fato, uma triste idolatria. Decisões, sonhos, metas e até brigas... tudo gira em torno do dinheiro. Infelizmente, essa mentalidade materialista acaba por ser transmitida aos filhos. Quanto mais apegadas as pessoas estão ao dinheiro, menos confiam na Divina Providência, tornando-se cada vez mais autossuficientes. 
Já o desapego nos abre as portas para a Providência e evita que os bens deste mundo se tornem valores absolutos. Ser desapegado não significa abrir mão das coisas materiais, mas sim confiar que Deus, em sua infinita sabedoria e bondade, nos dará aquilo de que necessitamos para nos santificarmos, seja a riqueza ou a pobreza, a saúde ou a doença. Muito mais que ensinados, a confiança na Providência e o desapego do mundo devem ser testemunhados pelos pais aos filhos. Eles devem ter a convicção de que ser bem sucedido nesta vida significa ser santo. Todo o mais é acréscimo.

Enfim, a real preocupação dos pais no que toca a edução dos filhos deve ser ensiná-los a amar a Deus, amar a Santíssima Virgem Maria e amar a Igreja. Esta é a meta e, ao mesmo tempo, o alicerce de toda a educação cristã. Mãos a obra! 
Que Deus nos abençoe e a Virgem nos proteja!