quinta-feira, 31 de julho de 2014

Namoro é Amizade

Por André Krupp e Tássila Maia

Imaginai um bom seminarista. Como seriam os seus dias? Com certeza, buscaria participar frequentemente da Santa Missa, rezaria constantemente, se dedicaria com afinco aos estudos... Mas, por quê? Obviamente, porque está se preparando para sua vocação: o sacerdócio. Uma vocação um tanto quanto exigente!
Agora, imaginai um casal de namorados que pouco reza, que gasta mais tempo se agarrando que conversando, que tem medo de advertir um ao outro quando necessário. Imaginai um casal cheio de reservas, que não partilha suas dificuldades, anseios, medos e frustrações. Que não se alegram com as conquistas do outro e não se importam em conhecer o que mais lhe agrada ou fere. Com certeza, esse casal ainda não se deu conta de que o matrimônio é também uma vocação.
Sendo o Matrimônio uma vocação, o namoro nada mais é do que o princípio de uma preparação para este chamado. O namoro nunca pode ser o seu próprio fim. Ninguém pode namorar outra pessoa simplesmente porque a considera “bonita” ou “legal”, mas sim, porque vê a possibilidade de, com ela, construir uma família.
Beijos, carinhos, presentes e todo tipo de romantismo tornam-se totalmente vagos se não estiverem inseridos numa relação de profunda e verdadeira amizade. Há de se ter em conta que tal relação não surge da noite para o dia, nem tampouco pode ser imposta, mas sim, construída. Sendo assim, para se construir uma verdadeira amizade durante o namoro, deve-se levar em conta alguns pontos, como:

- Convivência e Partilha: Para desenvolver uma amizade é preciso, primeiramente, estar junto. Conversar sobre diversos assuntos, debater pontos de vista, partilhar experiências. É preciso sair e fazer “coisas diferentes”: pintar um cômodo, montar um quebra-cabeça, jogar videogame, praticar um esporte, se divertir! Essa sadia convivência aumenta a vontade de estar junto e começa a trazer a liberdade de “ser você mesmo”, sem máscaras e sem reservas.

- Intimidade e Cumplicidade: Se desejamos um dia estabelecer com o outro uma comunhão total de vida, é necessário começar a quebrar algumas barreiras e “aproximar os mundos”, quer dizer, não devem ser duas pessoas distintas convivendo por alguns momentos, mas sim, pessoas que participam uma da vida da outra, não só nos momentos de convivência. Ou seja, um passa a ser parte da vida do outro, cria-se intimidade. E essa intimidade, vivida com amor, gera a cumplicidade, que é a capacidade de assumir o outro, mesmo com limitações e diferenças, e lutar para construir uma vida em comunhão.

- Capacidade de renúncia: Obviamente, por tudo isso, a amizade implica renúncias. Não podemos querer sempre que a nossa vontade prevaleça, mas estar abertos a renunciá-la pelo bem da relação. Por exemplo, renunciar a um tempo de descanso para priorizar a convivência, renunciar a uma tarde com os amigos para visitarem os parentes do outro, e tantas outras pequenas renúncias do dia a dia...

- Vida de oração: Uma verdadeira amizade em Deus deve sempre levar o outro a um crescimento espiritual. Isso se torna ainda mais importante quando se trata de uma preparação para o matrimônio. É preciso vencer as dificuldades e a preguiça e, juntos, adquirirem o hábito da oração. Não é necessário dedicar horas a fio nesta prática, mas é indispensável a constância. Só assim o casal criará intimidade espiritual e Deus poderá habitar seu relacionamento.

- Vivência da castidade: Uma vida sexual no namoro atrapalha e, muitas vezes, impossibilita a vivência de todos os pontos acima citados. Portanto, é de extrema importância a observância da castidade, não só no sentido de “não fazer sexo”, mas no sentido mais amplo da virtude, que é a busca da pureza. Purificar os costumes, o olhar, a imaginação, o vestir, o conversar. Ser cauteloso em onde e quando se beijar. Tudo isso fortalece a amizade e santifica o relacionamento.

“O amor vive de gratuidade, de sacrifício de si, de perdão e de respeito do outro. Queridos amigos, cada amor humano é sinal do Amor eterno que nos criou, e cuja graça santifica a escolha de um homem e de uma mulher de se entregarem reciprocamente a vida no matrimônio. Vivei este tempo do namoro na expectativa confiante desse dom, que deve ser aceite percorrendo um caminho de conhecimento, de respeito, de atenções que nunca deveis perder: só sob esta condição a linguagem do amor permanecerá significativa também com o passar dos anos.” (Papa Bento XVI aos namorados, 11 de setembro de 2011).

Amar, respeitar e cultivar a amizade é a melhor forma de se preparar para o casamento.

5 princípios para se utilizar o Método Natural

Por André Krupp e Tássila Maia

Quando um casal se dispõe a viver o seu matrimônio segundo as normas morais da Igreja, abre mão dos métodos artificiais contraceptivos. Porém, o método em si utilizado (para a regulação da procriação) não é o único problema a ser refletido nesta questão. É preciso ir mais fundo, na raiz do problema, ou seja, refletir sobre a mentalidade contraceptiva. Esta mentalidade é, na verdade, um conjunto de conceitos promovidos e sustentados por uma sociedade egoísta e contra a vida, que transforma a ideia de ter filhos num assustador e indesejado fardo para o casal.
 Sendo assim, não basta apenas “trocar” o método artificial pelo natural. O casal necessita, antes de tudo, combater a mentalidade contraceptiva, para que suas decisões de ter ou não ter filhos em determinado momento não seja tomada por motivações egoístas, levando o casal a viver em seu matrimônio a justa generosidade da paternidade responsável.
"É preciso antes de tudo libertar-se de muitas ideias associadas à palavra método. Quando se fala método natural, aceita-se muitas vezes o mesmo ponto de vista que para os métodos artificiais, isto é, deduz-se esse método dos princípios utilitaristas. Assim concebido, o método natural acabaria por ser só mais um dos meios destinados a assegurar o máximo de prazer, com a única diferença de que chegaria a consegui-lo por vias diversas das dos métodos artificiais. Aqui reside o erro fundamental. É evidente que o método chamado natural só é moralmente bom quando corretamente interpretado e aplicado". (Karol Wojtyla, Amor e Responsabilidade)
Para auxiliar na reflexão sobre a correta interpretação e aplicação dos métodos naturais, listamos cinco princípios:

1)           Conhecer as finalidades do matrimônio

O matrimônio é uma vocação e possui duas finalidades complementares: a unitiva e a procriativa. Essas finalidades são subordinadas, sendo a primeira subordinada à segunda. Ter filhos e educá-los na fé é a primeira e mais importante missão de um casal.
 “O matrimónio e o amor conjugal ordenam-se por sua própria natureza à geração e educação da prole. Os filhos são, sem dúvida, o maior dom do matrimónio e contribuem muito para o bem dos próprios pais.” (Gaudium et Spes, 50)
“Entre os benefícios do matrimônio ocupa, portanto, o primeiro lugar, a prole. Na verdade, o próprio Criador do gênero humano que, na sua bondade, quis servir-se dos homens como ministros seus para a propagação da vida, assim o ensinou quando, no paraíso terrestre, instituindo o matrimônio, disse aos nossos primeiros pais e, neles, a todos os futuros esposos: ‘crescei e multiplicai-vos e enchei a terra’. Esta mesma verdade a deduz brilhantemente Santo Agostinho das palavras do Apóstolo S.Paulo a Timóteo, dizendo ‘que a procriação dos filhos seja a razão do matrimônio, o Apóstolo testemunha nestes termos: ‘eu quero que as jovens se casem’. E como se lhe dissessem: ‘mas por quê?’, logo acrescenta: ‘para procriarem filhos, para serem mães de família’”. (Pio XI, Casti Conubii)
O casamento é para os filhos e não os filhos para o casamento. Ou seja, os filhos não vêm para completar a união do casal, mas o casal se une, primeiramente, em vista da geração dos filhos. Quando um casal, sem justas motivações, evita os filhos por um período, os outros fins do matrimônio (união do casal, auxílio mútuo e equilíbrio da concupiscência) também são prejudicados, haja vista que estão subordinados ao fim principal.
“É que, quer no próprio matrimônio, quer no uso do direito conjugal, há também fins secundários, como são o auxílio mútuo, fomentar o amor recíproco e apaziguar a concupiscência, que os cônjuges de nenhum modo estão proibidos de desejar, contanto se respeite sempre a natureza intrínseca do ato e, por conseguinte, a sua subordinação ao fim principal.” (Pio XI, Casti Conubii)

2)           Estimar uma família numerosa

A Igreja nunca considerou irresponsabilidade a geração de muitos filhos, pelo contrário: “A Sagrada Escritura e a prática tradicional da Igreja vêem nas famílias numerosas um sinal da bênção divina e da generosidade dos pais.” (CIC §2373).
Filhos são uma bênção, e nada pode mudar essa realidade.
“O Concílio Vaticano II elogia especialmente os cônjuges que são generosos na transmissão da vida com as seguintes palavras: ‘...são dignos de menção muito especial os que de comum acordo, bem ponderado, aceitam com magnanimidade uma prole mais numerosa para educá-la dignamente’ (Gaudium et Spes, 50), e traz em nota o lindo e breve discurso de Pio XII ‘Tra le visite’, de 20/1/58, dirigido às famílias numerosas, das quais diz, entre outras coisas, que são ‘... as mais abençoadas por Deus, prediletas e estimadas pela Igreja como preciosos tesouros. A história não erra quando põe na inobservância das leis do matrimônio e da procriação a primeira causa da decadência dos povos... Nos lares onde há sempre um berço que se balança florescem espontaneamente as virtudes... A família numerosa bem ordenada é quase um santuário visível... São as escolas mais esplêndidas do jardim da Igreja nos quais, como em terreno favorável, floresce a alegria e madura a santidade...’.” (Pe. Carlos Miguel Buella, Modernos ataques contra a família).
São inúmeros os casais que testemunham a grande alegria de irem contra a corrente, gerando uma família numerosa. Como católicos, não podemos ter medo dessa realidade, mas desejá-la, e esperar que Deus providencie todos os meios necessários para cumprir esta belíssima e grandiosa missão.

3)           Encarar o uso do método natural como possibilidade

Confunde-se muito o termo “paternidade responsável” com o termo “planejamento familiar”, que nada mais é do que um outro nome para “controle de natalidade”, termo (cultura) criado por governos e indústrias contraceptivas e abortistas.
“Convém notar como os documentos oficiais do Santo Padre e da Cúria Romana sobre a regulação da procriação nunca empregam o termo ‘planejamento familiar’. Pode-se em vão procurar essa expressão na encíclica Humanae Vitae (Paulo VI, 1968), nos documentos do Concílio Vaticano II (1962-65), na exortação apostólica Familiaris Consortio (João Paulo II, 1981), na encíclica Evangelium Vitae (João Paulo II, 1995) ou no Catecismo da Igreja Católica (1992). A expressão tampouco aparece no Vade-mécum para os confessores sobre alguns temas de moral relacionados com a vida conjugal (Pontifício Conselho para a Família, 1997), que trata especificamente do tema da anticoncepção. Ao contrário, a Igreja usa ‘paternidade responsável’ (que inclui também a abertura para uma família numerosa), ‘continência periódica’ e ‘métodos de regulação da procriação’. Lamentavelmente há católicos, incluindo sacerdotes, bispos e até Conferências Episcopais que dizem que a Igreja aceita o ‘planejamento familiar natural’ ou os métodos naturais de ‘planejamento familiar’. Essa dissonância com o Magistério da Santa Sé deveria absolutamente ser evitada, porque não é uma mera questão de palavras. Por trás das palavras estão conceitos que podem distorcer a doutrina cristã sobre o matrimônio e a procriação.” (Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz, Presidente do Pró-Vida de Anápolis, “Planejamento Familiar”, um termo perigoso na boca dos inocentes”).
Não estamos aqui falando apenas de expressões de linguagem, mas de conceitos que afetam diretamente o uso dos métodos naturais entre casais católicos.
Quando um casal se baseia no conceito de “planejamento familiar” tem a intenção de literalmente “planejar” quando e quantos filhos quer ter. Para isso, utiliza constantemente o método natural de regulação da procriação, o que é moralmente ilícito, não pelo método em si, mas porque a mentalidade contraceptiva (amplamente condenada pela Tradição e o Magistério da Igreja) continua presente neste casal. Assim, apenas “trocaram” o método artificial pelo natural.
Já um casal que busca viver a “paternidade responsável”, como recomenda a Igreja, deseja (como prometeram no dia de seu matrimônio) receber os filhos que Deus lhes conceder. Está sempre aberto à vida e, quando há uma justa motivação para adiar ou espaçar os nascimentos, utiliza para isso a continência periódica, pautada no método natural.
Diz o Catecismo (§2368): “Um aspecto particular desta responsabilidade diz respeito à regulação da procriação. Por razões justas, os esposos podem querer espaçar os nascimentos de seus filhos. Cabe-lhes verificar que seu desejo não provém do egoísmo, mas está de acordo com a justa generosidade de uma paternidade responsável. Além disso, regularão seu comportamento segundo os critérios objetivos da moral”.
É importante e altamente recomendável que os casais, desde o noivado, aprendam sobre o método natural e como utilizá-lo, anotando e acompanhando os ciclos de fertilidade constantemente. Não para utilizá-lo obrigatoriamente de forma contínua, mas sempre encarando-o como uma possibilidade oferecida pela Providência de espaçar os nascimentos mediante um grave motivo.


4)           Ponderar os motivos para o adiamento ou espaçamento dos filhos

“Se, portanto, existem motivos sérios para distanciar os nascimentos, que derivem ou das condições físicas ou psicológicas dos cônjuges, ou de circunstâncias exteriores, a Igreja ensina que então é lícito ter em conta os ritmos naturais imanentes às funções geradoras, para usar do matrimônio só nos períodos infecundos e, deste modo, regular a natalidade, sem ofender os princípios morais que acabamos de recordar.” (Papa Paulo VI, Humanae Vitae)
É lícito espaçar ou adiar os nascimentos caso haja motivos justos para tal. Esta é uma decisão séria, que deve ser tomada somente após ponderar os motivos (verificando se não provêm do egoísmo ou do medo), orar e, se necessário, pedir o aconselhamento a um diretor espiritual ou a um casal mais experiente também aberto à vida.
É importante lembrar que, como cristãos, não podemos basear nossas decisões segundo os critérios seculares, mas sempre à luz da fé. É preciso, antes de tudo, confiar na Providência de Deus, autor e princípio do amor conjugal, e que convida os esposos a uma generosidade na geração dos filhos. Corresponder ao apelo do Criador claramente implicará sacrifícios como, por exemplo, privar-se de alguns “luxos” e comodidades, assim como abrir mão de um tempo maior para si e para o cônjuge.

5)           Responsabilizar-se pelas decisões enquanto casal

“Os esposos sabem que no dever de transmitir e educar a vida humana - dever que deve ser considerado como a sua missão específica - eles são os cooperadores do amor de Deus criador e como que os seus intérpretes. Desempenhar-se-ão, portanto, desta missão com a sua responsabilidade humana e cristã; com um respeito cheio de docilidade para com Deus, de comum acordo e com esforço comum, formarão retamente a própria consciência, tendo em conta o seu bem próprio e o dos filhos já nascidos ou que preveem virão a nascer, sabendo ver as condições de tempo e da própria situação e tendo, finalmente, em consideração o bem da comunidade familiar, da sociedade temporal e da própria Igreja. São os próprios esposos que, em última instância, devem diante de Deus tomar esta decisão. Mas, no seu modo de proceder, tenham os esposos consciência de que não podem agir arbitrariamente, mas que sempre se devem guiar pela consciência, que se deve conformar com a lei divina, e ser dóceis ao magistério da Igreja, que autenticamente a interpreta à luz do Evangelho.” (Gaudium et Spes, 50)
Cabe ao casal, e somente ao casal, a decisão de espaçar ou não os nascimentos. Mas é importante lembrar que o casal responderá por essa decisão diante de Deus. Assim, é necessário formarem juntos uma reta consciência, iluminada pela luz do Evangelho.

Deus nos chama à vida. Deus deseja famílias numerosas, uma Igreja de numerosas testemunhas, um mundo repleto de cristãos, repleto de sal e luz.
Portanto, irmãos, coragem! Vençamos o mundo e sua cultura de morte. Abramos os corações à vontade de Deus!

A castidade e o dom total de si


Por André Krupp e Tássila Maia
 A castidade não é uma luta para reprimir os impulsos sexuais enquanto ainda não se tem uma “liberação” para manter relações conjugais, mas sim uma virtude que ordena os desejos, trazendo maturidade e autodomínio.
O matrimônio é uma entrega total do dom de si, ou seja, o cônjuge dá-se por inteiro, fazendo dele mesmo um dom para o outro. No entanto, ninguém pode dar aquilo que não possui. O escravo não tem condições de tomar decisões sobre sua própria vida, mas estará sempre subordinado à vontade e à necessidade de seu senhor. Da mesma forma, por causa de nossa inclinação ao pecado e da realidade do mundo em que vivemos, o homem que não é casto torna-se escravo de seus próprios desejos e, estando privado de sua liberdade, torna-se incapaz de doar-se ao outro num dom total de si.

“A castidade supõe uma aprendizagem do domínio de si, que é uma pedagogia da liberdade humana. A alternativa é clara: ou o homem comanda as suas paixões e alcança a paz, ou se deixa comandar por elas e torna-se infeliz.” (CIC n 2339)

Por exemplo, o homem que não domina seus desejos durante o tempo de namoro, mas simplesmente os reprime, quando se casa, vê-se na possibilidade de libertar esses desejos que, por serem desordenados, são insaciáveis. Logo, a relação sexual se tornará insatisfatória, pois não será movida pelo amor e a vontade de dar-se ao outro, mas por um desejo egoísta e irracional. Não satisfeitos, esses desejos tirarão sua paz e o forçarão a voltar ao pecado, como a pornografia. O pecado enfraquece a caridade e entorpece a consciência, tornando assim pesadas demais as exigências de uma vida conjugal. Assim o homem, já não acreditando em si mesmo e nas promessas do seu matrimônio, permite que esses desejos o dominem, o que pode resultar até mesmo em relações extraconjugais. Tal busca pelo prazer não o saciará, mas, ao contrário, o tornará cada vez mais infeliz, principalmente dentro de seu casamento, o que pode ocasionar o divórcio.
Não que esta seja uma regra matemática e que quem não viveu a castidade esteja condenado ao divórcio. Este é apenas um exemplo de como pode ser prejudicial não buscar o domínio dos impulsos sexuais desordenados, acreditando que o casamento os anulará como num passe de mágica.
Quem vive o namoro apenas como um tempo de “abstinência sexual obrigatória” e não procura exercitar a virtude da castidade, poderá criar a ilusão de que se livrará de pecados como masturbação e pornografia após o casamento, já que estará “liberado” a manter relações com sua esposa/esposo. Mas isto é realmente uma grande ilusão. Aquele que se casa sem o necessário autodomínio, continuará sempre preso a estas fraquezas enquanto não cultivar e pedir a Deus a virtude da castidade. Estará sempre impedido de doar-se livremente e totalmente ao seu cônjuge.
Por esse motivo, é fundamental buscar a cura da sexualidade e a libertação dos vícios desta área ainda no tempo de namoro. Pois, somente a partir desta libertação, promovida pela plena vivência da castidade, o homem e a mulher serão capazes de fazer de seu matrimônio um dom total de si.