segunda-feira, 11 de agosto de 2014

10 conselhos aos noivos

Por André Krupp e Tássila Maia

Após um período de conhecimento e aprofundamento da amizade, o casal assume um compromisso de maior responsabilidade que o namoro: o noivado.
Muito além de uma simples mudança de status no Facebook e uma aliança dourada no dedo, este tempo traz consigo grandes preocupações e implica atitudes concretas na preparação imediata para o casamento.
Para auxiliar nesta preparação, listamos 10 conselhos aos noivos:

1-  Tenham claro o sentido do matrimônio
Para que o tempo do noivado seja bem aproveitado e os seus frutos perdurem para o resto da vida, é importante sempre ter bem claro o sentido do matrimônio, ou seja, suas finalidades e o projeto de Deus para as famílias. As decisões deverão sempre ser pautadas neste sentido essencial do casamento, visando alcançar os objetivos propostos por Deus desde a Criação. É fundamental ter sempre em mente que o matrimônio é uma vocação, um chamado especial de Deus à santidade. Por meio deste sacramento, o cotidiano da vida torna-se sagrado e ações, aparentemente comuns, meios de santificação. Pelo matrimônio, Deus passa a habitar a relação desta nova família. O casamento é, portanto, não somente um contrato social entre duas pessoas, mas a estrada que escolheram para percorrerem o seu caminho para a salvação. Tendo clara esta consciência, facilmente o casal poderá, com o auxílio do Espírito Santo, viver bem o seu noivado e o seu casamento.

2-  Não invertam as prioridades
O dia do casamento é apenas o começo de toda uma vida que será construída. É preciso celebrar esta data, mas a preparação deste evento não pode tornar-se mais importante que a preparação da própria vida de casados. Não é saudável permitir que o dinheiro e o tempo investidos para a realização do evento atrapalhem o começo da vida conjugal. Construir um ambiente digno para iniciar a vida a dois e fazer uma boa preparação espiritual e psicológica para o casamento são as prioridades de um noivado. Todo cuidado é pouco para não desperdiçar o tempo do noivado somente com preocupações supérfluas.

3-  Planejem o futuro
O diálogo aberto e sincero é a melhor forma de planejar o futuro a dois. O noivado é o tempo de começar a confrontar conceitos, opiniões, costumes e práticas do dia a dia, chegando, pelo amor, a um consenso que torne agradável (ou pelo menos possível) o convívio na vida conjugal. Como lidar com o dinheiro? Os gastos serão divididos? Terão uma poupança? Quantos quartos precisarão em casa? Existem motivos para adiar os filhos no início do matrimônio? Escola pública ou particular? Plano de saúde? É necessário uma TV no quarto? Qual o melhor lugar para o oratório? Como é possível dividir as tarefas do lar? Pensar e conversar sobre questões práticas da vida previne conflitos e desconfortos após o casamento.

 4-  Tenham conhecimento de causa
A prática da Igreja recomenda que os noivos façam um curso de preparação para o casamento, conhecido como “curso de noivos”. É importante que o casal forme os seus conceitos a respeito da sexualidade, geração de filhos, vida conjugal, etc, iluminado pela luz da fé. A doutrina da Igreja acerca desses assuntos é riquíssima e, por certo, incapaz de ser transmitida apenas em um curso. Portanto, é altamente recomendável que os noivos busquem, através de livros e documentos, esta formação. (Clique neste link para conhecer alguns documentos da Igreja sobre o tema).

5-    Aprendam os métodos naturais
Como católicos, não podemos lançar mão de métodos artificiais contraceptivos, por serem muitas vezes abortivos e moralmente desonestos. Por isso, em muitas dioceses existem cursos sobre os métodos naturais de regulação da natalidade ministrados por profissionais católicos da área de saúde. A Igreja convida os casais, desde o noivado, a aprenderem esses métodos, que se baseiam na observação do ciclo de fertilidade da mulher. O conhecimento dos métodos naturais é importante para colocar em prática a justa generosidade da paternidade responsável, pois sua utilização possibilita o conhecimento do período fértil, o que auxilia os casais que desejam ter filhos como também, os que precisam, por uma justa razão, espaçar os nascimentos.

6-    Cresçam no Espírito
A oração é importantíssima na vida de qualquer cristão. Uma família só construirá sua casa sobre a Rocha orando junto. O noivado é o tempo propício para inserir ou aperfeiçoar a oração na rotina do casal, construindo a base espiritual do matrimônio. Assim como é preciso trabalhar e economizar dinheiro para a cerimônia e a compra da casa e dos móveis, é fundamental dedicar parte do tempo à oração pela futura família. A oração é um dos aspectos do relacionamento que somente a prática trará intimidade e crescimento. Sem vida de oração, dificilmente uma família conseguirá guardar a fé e a integridade.

7-  Tudo lhes é permitido, mas nem tudo lhes convém
Atividades pré-matrimoniais, como: chá de panela, chá de garagem, chá de lingerie, despedida de solteiro, etc, são propostas de diversão muito populares no Brasil. No entanto, é preciso ter discernimento na hora de escolher quais atividades realizar, assim como a forma com que serão realizadas. É necessário aos noivos ponderar as suas motivações e os frutos de cada atividade. A dignidade e o testemunho de fé devem prevalecer sobre qualquer “cultura”. Portanto, se for necessário abrir mão de certas atividades para não ofender a Deus, que se faça. Se não, ao menos, buscar meios de tornar determinada atividade moralmente honesta e saudável.

8-  Saibam que ainda dá tempo
Noivado não é casamento. E, por mais que já tenham tomado a decisão de se casarem, ainda é um período de discernimento. Se por quaisquer motivos um dos dois ou ambos perceberem que o casamento não deve acontecer, não se casem. Tomar a decisão de adiar ou cancelar o casamento pode ser difícil, mas é muito melhor que, depois de casados, constatarem que cometeram um grande erro. Terminar um noivado é doloroso, custoso financeiramente e até constrangedor, mas nada comparado aos traumas e feridas que um divórcio provoca na vida familiar.

9-  Comecem a “deixar pai e mãe”
A dependência e o apego excessivo aos pais pode prejudicar muito a construção de uma nova vida. É preciso estabelecer limites de influência dos pais na vida do casal. Conselhos, opiniões e até mesmo sonhos dos pais podem ser levados em conta, mas é preciso ter bem claro que as decisões a serem tomadas a respeito da vida matrimonial influenciarão diretamente no modus operandi da nova família e, por isso, são de responsabilidade do casal e devem basear-se na sua perspectiva própria, e não na dos pais.

10-  Renovem as amizades
É bom aproximar-se de casais cristãos que já tenham a experiência do matrimônio. Esses casais, em simples conversas cotidianas, ainda que não estejam na intenção de lhes ensinar ou formar, poderão contribuir muito na reflexão de como construirão, na prática, sua vida a dois. O verdadeiro testemunho de uma família cristã é um grandioso auxílio na formação de novas famílias, uma fonte de fortaleza e esperança.


Desejamos aos noivos que este tempo seja muito frutuoso e traga muitas alegrias! 

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